sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Easy Winter 2015/2016 Montréal

My first home made video. I did it in one Iphone. It should not sound like an excuse, but I do promise I will do it better in the future. I did this one to show my family and friends from Brazil, how winter in Montreal looks like.


Meu primeiro vídeo 100% editado por mim. Feito em um Iphone. Calma gente, ainda vou aprender a filmar com definição e em formato correto, prometo. Este vídeo foi feito especialmente para minha família e amigos. Todos os que me pediram para mostrar um pouco de meu dia-a-dia em Montreal durante o inverno.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

CHILE - DICAS FINAIS

Os últimos dias foram tristes porque adoeci e não tive forças para explorar tudo o que queria. Para piorar a situação, choveu e esfriou. Em meu último dia na capital do Chile restou apenas a lista de compras de lembranças em Los Dominicos (Av. Apoquindo, 9085).

Los Dominicos
Los Dominicos. Local rústico, com um portal e uma igrejinha na entrada. As ruas são de terra, e há vários artigos bem autênticos para compra, de móveis até quadros de bons artistas locais. Encontrei coisas muitíssimo interessantes como artesanato feito em couro (brincos, presilhas, broches em formato de flor, super lindos!), roupas autênticas, echarpes, artigos de decoração para o lar. Adorei e indico!! 

Los Dominicos
DICAS FINAIS:

* Para quem quer ligar para Santiago do Chile, o código é 56

* Temperaturas: No inverno, a temperatura média é de 9 graus. No verão, a temperatura média é de 22 graus (e os preços sobem!). Em março começa o período de chuva - que vai até setembro - mas beeem mais tímido. Os piores meses de chuva são os iniciais mesmo (março e abril). Junho e julho são os meses mais frios do ano. Devido ao frio, a poluição aumenta. Mas também é a melhor época para esquiar e ver a Cordilheira dos Andes coberta de neve. Os preços sobem também! Em outubro e novembro a ausência de ventos piora a poluição. Eu fui em maio e recomendo. 

* O fuso horário em Santiago é de - 1 em relação ao horário oficial de Brasília

* Vale lembrar que Santiago adota o horário de verão do segundo domingo de outubro ao segundo domingo de Março. 

* A moeda oficial é o Peso Chileno

* A voltagem elétrica é 220V

Listinha de 25 Monumentos Históricos imperdíveis por lá (tombados por Decreto):
1 - Casa de los Diez
2 - Cerro Santa Lucía
3 - Casa Rivas
4 - Iglesia San Augustin 
5 - Mercado Central 
6 - Correo Central
7 - Capilla del Sagrario e Catedral de Santiago
8 - Palacio de la Moneda
9 - Basilica del Salvador
10 - Palacio de los Tribunales da Justicia
11 - Museu de Santiago - Casa Colorada
12 - Palacio Bruna
13 - Museu de Historia Natural 
14 - Edificio Comercial Edwards
15 - Teatro Municipal
16 - Basílica de los Sacramentinos
17 - Bolsa de Comercio
18 - Iglesia San Pedro 
19 - Palacio Matte
20 - Palacio Pereira
21 - Teatro Carrera
22 - Basílica del Corazón de Maria
23 - Edifio ex hotel Mundial
24 - Escuela de suboficiales del ejército 
25 - Iglesia de San Lazaro

COISAS PARA EVITAR
1) ir ao Cerro Santa Lucia depois do anoitecer. 
2) Visitar uma vinícola sem marcar com antecedência (não faça como eu fiz!)
3) Andar distraidamente no centro de Santiago. Os trombadinhas adoram turistas distraídos
4) Chegar antes da meia-noite na rua Suécia

COISAS PARA NÃO DEIXAR DE FAZER SE VOCÊ É UM BOM "TURISTÃO"
1) Experimentar os frutos do mar do Pacífico. São bem diferentes!
2) Trazer algumas garrafas de vinho chileno - experimentar diversas e escolher as melhores!
3) Comprar uma jóia de lápis lazúli nas lojinhas locais - só tem lá ou no Afeganistão!! 
4) Fazer uma excursão para Viña del Mar e Valparaíso - e fazer um selfie com o Moai! 
5) Experimentar e também trazer umas garrafas de pisco sour - a caipirinha de lá
6) Provar o suco de Chirimoya, fruta esquisita que eles tem lá
7) Visitar PELO MENOS UMA das casa de Pablo Neruda
8) Comer o cachorro quente deles com molho de abacate (hummmmm!) 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

24/05 - VISITA À VINÍCOLA CHILENA e CENTRO SANTIAGO by night

Mais um ponto alto de minha viagem ao Chile: o dia em que fui de bus convencional para uma vinícola! Sim! Peguei um ônibus convencional no Terminal para Puento Alto e pedi ao cobrador que me deixasse próximo à Vinicola Concha y Toro. Foram cerca de uma hora chacoalhando no bus, com uma surpresa deliciosa: uma mulher tocando Mercedez Sosa no busão!! Tornou a aventura ainda mais especial! :) 
Desci do bus completamente perdida e fui caminhando pela estrada, até me dar conta de que estava margeando o muro de entrada da Vinícola. Lindo! Lá estava eu, sem reserva, sem nada, em meio a vários turistas, pagando para entrar e ser feliz. Optei pelo passeio completo, que inclui uma degustação especial ao final, com uma aula de vinhos e queijos - afinal de contas, já estava no lucro por ter economizado para chegar até lá. Na época em que fui o passeio completo custava 17 mil pesos, o que equivalia a 60 reais. Ah! Ao final do passeio ainda pude levar a taça, personalizada, toda linda de cristal. Claro que não resisti e comprei vários vinhos também. Voltei de mochila cheia no busão. Não, não foi nem um pouco complicado chegar lá de bus. Mas só indico para quem tem alma de mochileiro mesmo. 
O passeio é todo guiado. Nosso grupo tinha cerca de 13 pessoas. A maioria brasileiro, mas todos bem educados. Não tivemos contratempos ou nenhum pentelho entre nós, o que fez o passeio ainda mais harmonioso. Nosso condutor era simplesmente excelente! Um profissional mesmo, além de gracinha. ;) Para quem quiser conhecer essa vinícola - que eu com certeza indico! -, vou traçar aqui em resumo o itinerário do passeio. 
Inicia-se na antiga casa da família Concha y Toro. Linda. Com várias explicações, seguimos ao Parreiral, para conhecer algumas das principais uvas da vinícola. Ali descobrimos as regiões às quais o grupo possui terras, os tipos de uvas e vinhos que produzem e algumas diferenças entre o tipo de solo, a altura, a melhor produção, etc. 

Kai lún no parreiral Concha y Toro de Puento Alto
Após a visita ao Parreiral e a descoberta de diversos tipos de uvas... seguimos para conhecer o feitio e o armazenamento dos vinhos. Mas antes, há uma parada deliciosa para degustar um vinho branco da casa. Com direito a aula sobre os vinhos Chardonnay e Sauvignon Blanc; além do Carmenere, que não é branco, mas é muito especial por ali - e aí eu faço um mistério para que só os que venham a conhecer o local entendam porquê. 
Primeira degustação: Chardonnay da casa.
Após a parada para degustação, seguimos conhecendo os locais de armazenamento de alguns vinhos produzidos pela Concha y Toro. Interessante observar os tipos de tonéis utilizados, o resultado e a escolha por cada um deles, de onde eles vem, do que são feitos, quanto tempo duram e o sua revenda após anos de utilização. Super interessante mesmo!!! Muita coisa que nunca tinha imaginado vir a saber e conhecer... 
Tonéis de carvalho franceses
E então, mais uma paradinha para degustação. Eba!! Dessa vez na antesala Cassilero del Diablo, todo ambientado para introduzir os visitantes num novo contexto de visitação.... indo ao subsolo da vinícola. Dessa vez foi a vez de experimentar um Cabernet Sauvignon da linha Cassillero. Safra 2008. 
Nosso condutor, servindo os vinhos para o grupo
E então fomos introduzidos às cavas da Cassillero del Diablo, com direito a lendas e momentos de susto. Não vou contar muito pois quero manter o suspense que faz do local tão especial. Ressalto: vale cada centavo de peso pago!!
Olha eu espiando a cava especial del Diablo... hahahah 
Ao final do tour, a parada que fiz questão de pagar adicional: degustação dos outros vinhos da casa, com direito a queijos e aula de harmonização. Amei porque é uma real aula de harmonização dos sabores. A partir dali compreendi como avaliar minimamente um bom vinho, seus processos e de onde vem cada um deles. O que observar primeiro, o que são lágrimas, como observar a coloração, o bouquet, entre outros aspectos. O lado ruim é que a sommelier era uma chata! Além de não deixar ninguém filmar nada - o que na verdade é uma regra da casa nessa hora - era mega ultra plus prepotente e metida. Particularmente, a aula teria sido muito melhor se tivessem escolhido um sommelier mais acessível e humilde. Ficou todo mundo se sentindo intimado, quase ninguém teve coragem de fazer pergunta. A mulher era inacessível! Um horror!!! Mas tudo bem. Saí de lá bem feliz e alegrinha do mesmo jeito! (risos)
Cheguei na cidade e ainda tive tempo de passear pelos bairros Lastarria e Centro de Santiago. O Centro é sem dúvida um dos pontos principais para se conhecer. Centro cívico do país, onde milhões de pessoas transitam diariamente, onde tudo parece acontecer. Em meio a todo esse fervilhão, vale a pena parar para observar a arquitetura do lugar, que combina modernidade com o principal patrimônio histórico e cultural dos chilenos. 
Mas o que achei bacana mesmo foi a iniciativa da Municipalidade de Santiago e do Serviço Nacional de Turismo em criar a Rota Santiago Patrimonial, roteiro para ser feito à pé e não perder os principais atrativos que permitem conhecer minimamente a história tão rica dessa cidade e país.  Tentei seguir esse roteiro, e amei! Não deu para visitar a maior parte dos locais, claro, pois já era tarde, mas deu para ver a organização local em prol do turismo. Como não amar? 
Marca Ruta Santiago Patrimonial
A Ruta (Rota) sinaliza 39 pontos que podem ser seguidos por um caminho de medalhas metálicas no solo. Também é possível ver diversas placas nos principais edifícios, destacando o que há de central em sua relevância histórica. Nas principais praças do circuito existem também tótens informativos com o plano geral da transcurso e textos explicativos do período histórico de cada lugar. Muito bem feito! Toda a ruta tem cerca de 2,5km, o que se percorre sem perceber! Iniciei ela pela Plaza de Armas (Estación Universidad de Chile - línea 1), em frente ao Edificio de la Municipalidad de Santiago, e terminei no Portal Bulnes, do outro lado da praça. Um sonho ver algo assim no Brasil. Há tempos luto por isso e vou continuar lutando... transformar a cidade em um museu ao ar livre. Lindíssimo! 

Comecei o percurso pelo começo da história. Plaza de Armas, lugar onde foram construídos os primeiros edifícios da Colônia, onde se situam a Real Audiência, o Cabildo, a Catedral, e a capela del Sagrario, todos eles restaurados (mas não creio que em seu formato totalmente original-inicial). 

1) Municipalidad de Santiago - www.municipalidaddesantiago.cl
2) Museu Histórico Nacional - www.museuhistoriconacional.cl
3) Edifício de Correos - www.correos.cl
4) Catedral de Santiago - www.iglesiadesantiago.cl
5) Paroquia del Sagrario - www.iglesiadesantiago.cl
6) Palacio Arzobispal - www.iglesiadesantiago.cl

O circuito continua pela rua Catedral, até Morandé, incluindo:

7) Academia Diplomática y casas contiguas
8) Ex Congreso Nacional - www.congreso.cl
9) Palacio de Tribunales de Justicia 
10) Museu de Arte Precolombino - www.precolombino.cl

Na interseção com a rua Augustinas, o circuito encontra a Plaza de la Constituición. Ali procure outro totem e verá que aqui termina o marco da Colônia e começa o início da história da República no Chile, cujo principal ícone esta logo ali: La Moneda. Outros importantes edifícios são:

11) Banco Estado
12) Banco BBVA (Primeira Casa de Moneda) - www.cmoneda.cl
13) Banco Central - www.bcentral.cl
14) Ministerio de Justicia (Edificio del Seguro Obrero) 
15) Intendencia Metropolitana (ex Diario Ilustrado) - www.intendenciametropolitana.gov.cl
16) Palacio de La Moneda

Bolsa de Comércio
Seguindo por La Alameda entrei no setor de La Bolsa, observando os seguintes edifícios e pontos históricos (a maioria tombados): 

17) Club de La Unión - www.clubdelaunion.cl
18) Universidad de Chile - www.uchile.cl
19) Iglesia San Francisco - www.museusanfrancisco.cl
20) Edificio Ariztía* - muito simbólico em termos arquitetônicos
21) Edificio Bolsa de Comercio - www.bolsadesantiago.com
22) Banco BBVA (ex Hotel Mundial) 
23) Iglesia de las Agustinas
24) Hotel Crillón
25) Banco de Chile - www.bancochile.cl
26) Banco Español (Santander)
27) Iglesia de San Augustín - uma das mais antigas do Chile. Local com uma lenda muito linda. ;) 
28) Teatro Municipal - www.municipal.cl
29) Casa del Palacio Subercaseaux 
San Augustin por dentro
A partir daqui começamos a voltar, agora pela Mac-Iver, até chegar a Igreja das Mercedes. Vamos aos locais que incluem esse trajeto: 

30) Iglesia y Convento de La Merced 
31) Casa Montt - residencia da Família Montt entre 1830 e 1896.
32) Casa Colorada
33) Edificio Comercial Edwards
34) Portal Fernández Concha
35) Portal Bulnes 
36) Mercado Central - www.mercadocentral.cl
37) Museu Nacional de Bellas Artes - www.mnba.cl
38) Biblioteca Nacional - www.dibam.cl

Teatro Municipal
Depois de tanto caminhar, merecidamente me dei de presente um bom jantar. Mas infelizmente não anotei o nome do local. Lamento muitíssimo por isso, pois foi um excelente jantar!! Se algum dia me recordar, prometo que volto aqui e edito este texto. Deixo a foto para ver se alguém que já foi lá me ajuda a identificar... (obrigada!).
Alguém já foi neste Bistrot? 
Outro local especial que descobri, e que deixo a dica, foi esta loja de produtos artesanais da Patagônia chamado El Bosque de Piñones (Galeria Drugstore, 37 - Providência). Aqui comprei várias geléias mais do que especial para levar de presente a pessoas queridas. As geléias são maravilhosas! Um excelente presente! Super recomendo. 
Bosque Piñones

SANTIAGO DO CHILE - 23/05 - PERNAS PRA QUE TE QUERO!

Neste dia acordei decidida a caminhar. Explorar o Barrio Bellavista,  subir o Cerro San Cristoban, retornar ao Lastarria, explorar melhor a Plaza Italia, La Constituición e outros.

Embora o Barrio Bellavista seja famoso por ser o bairro boêmio da cidade, só o visitei durante o dia. Meu objetivo era cultural. Não estava nem um pouco interessada em conhecer os bares e festas noturnas, mas deixo a dica de que essa região tem muito a oferecer. Há programação praticamente 24 horas por dia, e pude conferir uma real concentração de bares e restaurantes muito interessantes, que devem oferecer muita diversão "en las noches santiaguinas"- vide lista abaixo.

Para acessar a parte da cidade que vou mostrar aqui hoje é preciso atravessar o Rio Mapocho pela Pio Nono, pois o bairro fica na região norte do rio, margeando o Parque Metropolitano na altura das ruas Domínica e Pio Nono, Avenida Bellavista e a rua del Arzobispo.  Estando de metro, como eu, basta descer na Baquedano (Plaza Italia), perguntar ou localizar a Ponte Pio Nono, atravessa-la e voilá.

O Pátio Bellavista (www.patiobellavista.cl) foi inagurado em 2009 compreendendo uma parte interna do quarteirão. Com muros decorados em mosaicos, obras de artes, e casas transformadas em estabelecimentos comerciais com destaque a restaurantes, tendas de artesanato, e shows, o local é um centro comercial bem interessante e muito turístico. As lojas de artesanato, apesar de um pouco mais caras, são muito boas. Ali encontrei coisas autênticas e de boa qualidade. 

Patio Bellavista
Durante a época colonial, o Bairro Bellavista pertencia ao setor de "la Chimba" (em quechua: "do outro lado do rio"), que nada mais era do que o nome dado ao lado norte do Rio Mapocho e onde viviam indígenas, mestiços, pessoas que viviam lutando por sua sobrevivência, em boa parte servindo às famílias mais abastadas. Com o tempo, o bairro marginal foi sendo descoberto por aristocratas como um bom local para suas casa de veraneio. Também foram se instalando ali muitos conventos e oficinas de artesanato e de arte. 

Feira de Vacinação de animais domésticos - Barrio Bellavista
A partir da segunda metade do século XIX foi iniciada uma subdivisão das terras desses conventos e instâncias, permitindo a expansão urbana e a criação de novos bairros destinados a classe média e alta. Desde a década de 1980, Bellavista adquiriu uma feição mais boêmia, gastronômica e artística, mantendo sua arquitetura original de casa com fachada continua, o que dá um caráter especial a este bairro. 

Homenagem à Pablo Neruda
Um dos meus grandes objetivos era visitar uma outra casa de Pablo Neruda, já que no dia anterior eu tinha me encantado completamente com a La Sebastiana, em Valparaíso. Dei prioridade, portanto,  à La Chascona (a casa de Pablo Neruda em Santiago), não parando muito em outros locais antes disso. Queria ter tempo de sobra para visitar o local. Por isso fui sozinha mesmo e sem muitos planos. 
La Chascona
Já no inicio me encantei também. A personalidade de Pablo Neruda é algo que se sente logo na rua de sua casa... Ele escolheu o bairro e chamou a casa de La Chascona (www.fundacionneruda.org) em homenagem à cabeleira rebelde de sua mulher Matilde, que na realidade tinha sido sua amante no primeiro casamento. Quando cheguei lá, fiquei bastante decepcionada porque a única forma que me foi dada de conhecer o museu no dia foi por meio de grupos guiados. 
Nada contra os condutores. Na realidade, na hora até adorei a ideia pois teria ainda mais história. Mas depois me dei conta de que não poderia ter o meu próprio tempo na casa, interagindo com o local - o que era meu principal objetivo ali, uma vez que ele iria conduzir todo o grupo em um tempo pré-determinado. Fiquei arrasada, mas fui mesmo assim e valeu a visita do mesmo jeito. 
A dica que deixo é: se você planeja ir lá, chegue cedo para conseguir agendar a visita na casa, e opte pelo "auto-guiado", se gostar de interagir em seu próprio tempo.  
Rua de esquina à rua da casa de Pablo Neruda
No final da Pio Nono está um dos principais acessos ao parque Metropolitano (www.pms.cl), principal pulmão verde da cidade. Também é ao lado dessa entrada principal (para carros, bikes, pessoas correndo, enfim), que fica o Funicular.

A rua Pio Nono, que conecta a Plaza Italia com o Parque Metropolitano, conta com uma série de bares, pubs e restaurantes, onde vale destacar: 

Epicúreo - pescados, mariscos e pratos patagónicos. 
Constituicion, 74 - 732-4697

Etniko - cozinha asiática, tres ambientes e música eletrônica
Constituicion, 172 - 732-0119

Venezia - comida caseira chilena (pernil, cazuela, porotos y charquicán)
Pio Nono, 196 - 777-4845

Galindo Bar Restaurante - pratos chilenos como arrollado huaso, pastel de choclo y prietas.
Dardignac 098, esquina Constituición - 777-0116

Republicano Restaurante & Bar - ambientação nostálgica. 
Dardignac 0127 (www.restauranterepublicano.cl)

El Mesón Nerudiano - comida mediterranea. Todos os detalhes do local lembram Neruda. 
Domínica 35 (www.elmesonnerudiano.cl)

Como Agua para Chocolate - oferta atrativa e original. Local romântico. Ponto alto de turistas na cidade. Comida afrodisíaca de inspiração mexicana. 
Constituicion, 88. (www.comoaguaparachocolate.cl)

Club La Feria - para os amantes da música eletrônica, conhecido como parada obrigatórios de DJs internacionais desse estilo musical
Constituicion, 275

Alí Babá - comida áraba e marroquina. Ambientado como uma tenda. 
Santa Filomena, 102. 

Malecón de la Habana - comida cubana, espetáculos de baile e música. 
Santa Filomena, 102. 

El Otro Sitio - um dos primeiros restaurantes de cozinha peruana da cidade. 
Antonio Lope de Bello, 53

De Tapas y Copas - cozinha ibérica, tapas y tablas. 
Dardignac, 0192.

Sanguchería Ciudad Vieja - destacado por seus pães com igredientes chilenos,  feitos com receitas tradicionais e outras inovadoras. Churros com chocolate. hummmm 
Constituición, 92

Outros atrativos do Bairro:
El Cachafaz Teatro-Café Concert (www.elcahafaz.cl)

Teatro La Memoria (www.teatrolamemoria.cl)

Teatro Mori (www.centromori.cl)

Teatro San Ginés (www.sangines.cl)

Teatro Sidarte (www.sidarte.cl)

Centro Cultural Teatro del Puente (www.teatrodelpuente.cl)

Eu estou certa de que fui muito injusta com o Funicular que dá acesso ao Zoo e ao Cerro San Cristoban (Terraza Bellavista en la cumbre,onde fica o santuário da Virgem Santíssima Conceição, padroeira da cidade. Não dei nada por ele e me surpreendi. Achei que era só um instrumento de subida, como foi em certa medida o ascensor de Valparaíso. Mas não! Ele é realmente bem alto e permite uma visão lindíssima da cidade. Me impressionou de verdade!!  
Um pouco da história do Funicular
Ao chegar no topo, no cumbre do Parque Metropolitano adivinha o que encontrei?  Mais cachorros!! Claro. Cachorros abandonados ou longe dos donos (não sei) por todos os cantos do Chile. 
Mais cachorros!
Embora eu tivesse me programado para conhecer o Cerro San Cristoban só no final do dia, pois pensava que ficaria a tarde toda no Museu do Pablo Neruda, acabei tendo tempo de sobra para explorar este local e amei. Fiz várias fotos. Não desci no Zoo por detestar ver bicho enjaulado. E para minha surpresa ao chegar no Santuário da Virgem tocava uma música ambiente muito linda, meio canto gregoriano, me deu uma baita saudade da minha mãe e me dei de presente um bom tempo pensando na vida, vendo a imensidão da cidade e das cordilheiras à minha frente. 

uma das vistas do Cerro San Cristoban
Optei por descer à pé, pois queria conhecer um pouco o Parque Metropolitano. Achei super tranquila a caminhada, embora tenha levado umas duas horas fazendo a mesma. O bacana foi que percebi que há vários mirantes distribuídos no Parque e pude ver a cidade de diferentes ângulos. No Parque também pude provar alguns lanches e bebidas locais, como o Mote con Huesillos, bebida não alcoólica que consiste em uma mistura de suco de caramelho com trigo, pêssego e uns grãos que parecem milho, mas são outra coisa, os huessillos. Particularmente eu não gostei. Mas para quem, como eu, gosta de experimentar coisas diferentes... recomendo encarar. Vai que você gosta, né? 

Agora é possível ver as Cordilheiras, né?
Retornei ao Centro, região da Praça Itália com tempo de explorar melhor o Bairro Lastarria, já que no dia em que lá passei fiquei boa parte do meu tempo no Cerro Santa Lucía. Desta vez, explorei alguns museus e centros culturais. Segue listinha:

Museu Histórico Nacional: Foi sede da Real Audiencia e núcleo de diversos sucessos políticos importantes na época. Construído em 1807. (www.museohistoriconacional.cl)

Museu de Arte Precolombino: edifício construído em 1807, foi a Real Casa de Aduanas. Atualmente possui uma valiosa coleção arqueológica e artística. (www.precolombino.cl)

Museu Nacional de Bellas Artes: obra do arquiteto chileno francês Emili Jéquier que se inspirou no Petit Palais de París. A edificação foi inaugurada em 1910, com a celebração do Centenário da Independência do Chile. É o principal museu de Santiago, que traz praticamente toda a história da arte chilena. (www.mnba.cl)

Museu de Arte Contemporáneo: conta com uma completa coleção de arte chilena de mais de 12 mil peças. Além disso, realiza exposições itinerantes, sendo o principal cenário do país para a difusão da arte contemporânea nacional e internacional. (www.mac.uchile.cl)

Centro Cultural Gabriela Mistral (GAM): se localiza no ex edifício Diego Portales, construído no ano de 1972 e reinaugurado em 2010. O GAM é o novo ícone do bairro. São 22 mil metros quadrados incorporando o conceito moderno de museu, onde a cidade e a obra são uma coisa só. Suas praças abertas se conectam com o externo, convertendo-se na nova porta de entrada do bairro Lastarria. conta com salas de teatro, dança, música, exposições e uma moderna biblioteca (www.bibliotecagam.cl). Também inclui uma loja de vinhos (www.BBVinos.com), o café Gabriela, com produtos gourmet nacionais, e o Restaurante Gabriela (www.gabrielarestanruante.cl) ambientado com elementos rústicos. 

O GAM (www.gam.cl), sem sombra de dúvida, está entre os meus preferidinhos de Santiago. Principalmente porque, pasmem, encontrei o local por acaso. Não recebi recomendações e não o tinha listado em "coisas para fazer em Santiago". Creio que por ser novo... não sei. Só sei que amei muito! Amei tanto que não apenas recomendo como estou certa de que voltarei para curtir ainda mais este local. 
Parte do GAM - em panorama.
O GAM é especial por conter muita coisa, por ser um espaço amplamente utilizado pelos cidadãos, por ter bons locais para comer e beber em sua proximidade, por ser moderno e dar um banho de "como um museu moderno deveria ser", entre outras coisas. O clima é agradável, a wi-fi é grátis, a biblioteca é uma maravilha, enfim! O local vale a pena para quem se motiva em cultura num destino. Lá, também indico o Boullevard Paseo Lastarria: um espaço gastronômico e cultural aos pés do GAM, onde encontrei uma cervejaria chamada La Junta, e o restaurante Casa Lastarria (www.casalastarria.cl) 

Walter Benjamin, visitado em Santiago
Para fechar meu dia, uma exploração gastronômica: cachorro quente "completo", o verdadeiro cachorro quente chileno. Sinceramente, como é que não fazemos esse cachorro quente aqui?? Eu simplesmente amei e quis levar a receita para casa! 
Pão, salsicha, molho de abacate, mostarda, maionese, catchup e chili. Não leva molho de tomate, nem patata palha, nem milho, bacon, queijo, essas coisas gordas que colocamos no nosso cachorro quente. Sua diferença central é a salsa de palta (o molho de abacate), que adoraria saber fazer (receita aqui: http://www.panelaterapia.com/2013/10/cachorro-quente-chileno.html). O cara que inventar de vender isso aqui vai ser um gênio! 
Leve, simples e delicioso. 

"Completo"

terça-feira, 18 de novembro de 2014

VALPARAÍSO E VIÑA DEL MAR - VALPARAÍSO

No dia 23 de maio acordei bem cedo e fui para um dos 4 Terminais de Ônibus de Santiago (Alameda, Central, Los Héroes e San Borja). Comprei uma passagem na empresa Turbus (www.turbus.cl) com destino a Valparaíso. Fique sabendo também que a Pullman Tur (www.pullman.cl) opera para o mesmo destino. Fica a dica para quem deseja ir por conta própria para lá:

Há ônibus saindo diariamente de Santiago, no Terminal de Buses Santiago (mais popularmente chamado de Terminal Alameda - Av. Bernardo O'Higgins, 3850  - Metrô Estación Universidad de Santiago - Línea 1 - www.terminaldebusessantiago.cl

Turbus para Valparaíso
Ao chegar no Terminal Rodoviário de Valparaíso não resisti e acabei comprando um city tour com a empresa RodoTour (www.rodotour.cl). Achei que compensava, uma vez que eram cinco horas de city tour que me levariam a todos os lugares que queria conhecer. Tinha pouco tempo para tudo o que queria ver e me dei conta de que me virar sozinha sairia mais caro. Então me lancei nesse passeio turístico morninho, desses já definidos e corridos, que todo mundo faz. 

O passeio começou pela Avenida Pedro Montt, com uma parada rápida na Plaza Victoria, onde está a Catedral. Antigamente, esse local era chamado Plaza D'Orrego e pelo que eu compreendi, desde sempre tem sido um local de grande agitação e importância para a cidade. Talvez por estar situado bem no centro dela, não sei. Só sei que ela tem mais de 200 anos, é bonita, com grandes árvores, uma fonte trazida da França, estátuas de mulheres representando o Outono, a Primavera, o Verão e o Inverno, e uns leões, que segundo o nosso guia, pertenciam ao Teatro de la Victoria. Esse teatro ficava em frente à Praça e foi completamente destruído por um terremoto em 1906. Uau... que pena!  

A Praça me pareceu realmente important. No dia em que a visitávamos ocorria um manifesto de estudantes insatisfeitos com a situação do ensino no país. O governo autorizou a repressão com bombas de gás lacrimogênio e foi a primeira vez em minha vida que senti o terror que esses bombas provocam. Uma "marola" resultante de um bomba dessas foi levada pelo vento diretamente na minha cara... eu, ali, tirando fotos, e de repente meu rosto ardendo, meus olhos lacrimejando, foi um horror! Corri para a van e fui atendida pelo guia...mas ainda levei uma boas horas sobre o efeito nocivo da arma branca.... 
Detalhe da Plaza Victoria - na verdade, de uma rua em frente à mesma
Dali, seguimos de van para o Barrio Puerto, onde pudemos apreciar as famosas casinhas e ruas, todas coloridas. A cidade é muito peculiar, encravada em morros, com casas de arquitetura pitoresca, muito linda justamente por ser diferente e única. Mesmo chorando e sofrendo com os efeitos da maldita bomba de gás, pude curtir e tirar algumas fotos do local. Muito lindo! 

Ruas de Valparaíso, vistas de dentro da Van

Nossa próxima parada: Casa Museu La Sebastiana. PONTO ALTO DE TODA A MINHA VIAGEM!!

"Siento el cansancio de Santiago, quiero hallar en Valparaíso una casa para vivir y escribir tranquilo. Tiene que poseer algunas condiciones. No puede estar ni muy arriba ni muy abajo. Debe ser solitaria, pero no en exceso. Vecinos ojalá invisibles. No deben verse ni escucharse. Original, pero no incómoda. Muy alada, pero firme. Ni muy grande ni muy chica, lejos de todo. Pero con comercio cerca. Además, tiene que ser muy barata ¿Crees que podré encontrar una casa así em Valparaíso?"

Esse foi o início da história. A missão que Pablo Neruda deu a suas amigas Sara Vial e Marie Martner em 1959. Pois elas encontraram, e a casa hoje é um Museu! Um incrível Museu!! Me fiz nesse lugar e levei broncas e mais broncas dos companheiros do City Tour por atrasar todo o passeio deles (não saía de lá nunca!! Tiveram que me puxar pela orelha, quase que literalmente!). Esse é sem sombra de dúvida um MUST SEE de Valparaíso. Não deixe de pagar e conhecer cada cantinho! Reserve um tempo para conhecer a casa - principalmente se você gosta de detalhes e ama Pablo Neruda. E faça questão de ouvir todas as gravações do audioguia.
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Foto externa da Casa La Sebastiana, de Pablo Neruda, em Valparaíso. Infelizmente não é possível fotografar lá dentro.

Embora a casa tenha sido totalmente saqueada depois do Golpe Militar de 1973, conseguiram restaurá-la e me parece que tudo foi tão bem feito que podemos sentir o dia a dia, o cotidiano e as paixões do escritor.  Ali, descobri que ele era todo cheio de "toques", que tinha copos coloridos e pratos diferentes para cada amigo, cada convidado. Que amava um cavalo de pau, retirado de um carrossel de Paris. Tanto, que o colocou em meio a sua sala de estar... <3 

A verdadeira entrada da Casa de Pablo Neruda - hoje fechada pelo Museu
A casa é cheia de pequenos e grandes detalhes. Por essa razão que eu digo aos poetas, românticos e nostálgicos que reservem um tempo maior para conhecê-la e apreciar cada detalhe de seus aposentos... Para mim, foi uma experiência incrivelmente estonteante! 

Quando fui paguei 3.500 pesos para visitá-la (não estava incluído no Pacote da Agência). Na minha opinião valeu cada centavo. Não sei quanto está hoje. O tel para contato é (56-32) 225 6606.

Dali o guia nos levou para experimentar um dos vários ascensores da cidade. Outra experiência bacana, que indico muito! 

O ascensor que subimos foi o Artilleria, que dá acesso a um Mirante lindo, uma feirinha de artesanato e à Zona Portuária da cidade. Ali conseguimos ter visão de toda a Baía e ao fundo de Viña Del Mar, que seria o nosso próximo destino.


O passeio em Viña começou com uma parada no Relógio das Flores. Nada muito especial. Momento turista convencional tirando foto como um bobo em frente a um relógio feito de flores... é, mas até que foi divertido.


Depois, passamos pelo Palácio Presidencial, pelo Cassino, e paramos na Avenida Jorge Montt para almoçar e tirar mais fotografias. Como é de se esperar em passeios turísticos assim, é claro que o guia estacionou a van em frente a um restaurante já acordado e beem turístico - acostumado a atender esse tipo de clientela com precos salgados e servicos nem tao especiais assim. Dali me despedi do grupo mais uma vez e como boa mochileira fui farejar um restaurante melhor para explorar os sabores mais autênticos do bairro.

Dei uma andada pelas quadras interiores (não à beira mar) e encontrei um restaurante pequeno, chamado Hierro Viejo. Ali me deliciei sozinha com um full course meal para cidadão nenhum botar defeito.


Reencontrei meu "grupo" desta vez disperso pela praia de Reñaca e ao observar a praia, adivinhem o que encontrei por lá?  CACHORROS!!! Claro!! O Chile está entre a lista de países em que visitei com o maior número de cachorros abandonados que já vi. Diria inclusive que o Chile está no topo dessa lista! Não há um dia que não tenha fotografado ao menos três cachorros abandonados em diferentes locais. Fica o registro para comprovar!! E outras fotos virão, aguardem. :(

Cachorros abandonados na Praia de Reñaca - Viña del Mar

Apesar da cachorrada, o lugar é muito especial. E foi meu primeiro encontro com o Pacífico, né?! O que tornou este momento da viagem ainda mais inesquecível!  Dizem que as águas daqui são bem geladas, independente da época do ano. A praia é bastante estruturada e me chamou a atenção que os postes possuem vasos de flores graciosos. Fiquei impressionada com isso primeiro porque é bonito, segundo porque deve ser difícil de manter sempre florido e terceiro porque estamos falando de uma região super sísmica. Já imaginou? 

Detalhe: poste com flores - gracioso

Costanera
Kai Lun e o Pacífico
Depois fomos ao Palácio Carrasco e ao Museu Fonck, além de, é claro, algumas joalherias de Lápis Lazuli como não poderia deixar de ser em um roteiro turístico feito por agência de receptivo - nada contra, apenas fato: tem que ter compras para ser lucrativo para eles, não é mesmo!? Isso faz parte da cadeia produtiva do turismo.

Museu Fonck

Não gastei um minuto de meu tempo em joalherias. Fique na praça em frente ao Museu esperando os turistas evacuarem a área em direção às compras. Daí pude fazer fotos melhores, bem mais à vontade, com meu amigo Rapa Nui roubado de seu local original. Amei esse Museu, mas infelizmente não pude entrar. A parada foi apenas para tirar fotos com o Moai. Isso sim é um dos problemas dos Passeios Agenciados. Eu até que insisti com o guia, mas ele não deixou - com certeza temendo que eu demorasse o mesmo que demorei na La Sebastiana... 
Nerak e o Moai
Avenida Libertad - Graciosa...

O último ponto de parada do Roteiro foi o Palácio Vergara e acho que tivemos sorte de encontrar seu anfiteatro aberto antes de entrar em reforma. Local famoso por conta dos festivais da cidade, já foi palco para diversos artistas de toda a América Latina e me impressionou pela arquitetura e integração com o meio ambiente. Bem. Ainda acho a Pedreira Paulo Leminski em Curitiba insuperável nestes aspectos, mas a Arena Quinta Vergara me impressionou também. E deve oferecer uma acústica bem interessante. Sim! Com certeza adoraria curtir um show de verdade por lá. 


Além do anfiteatro visitamos um Parque bem arborizado e o Palácio Vergara, que foi o que eu mais gostei de ver! Ele quase desabou com o terrível terremoto de 2010 (lembram?), mas esta sendo restaurado. Em minha visita vi muitos brasileiros reclamando do fato do local estar interditado. Achei triste a postura desses turistas. Sério. Fiquei com vergonha alheia. Já basta o sofrimento do povo chileno com tantos terremotos, ainda ter que aguentar brasileiro mal educado reclamando que não pode entrar no edifício? É muito recalque, né? 
Se você estiver lendo esse post porque está planejando sua viagem, recomendo que inclua o local em sua lista de pontos a conhecer sim, e vá com muito respeito. Buscando apreciar a alta capacidade daquele povo em reconstruir e sobreviver a tantos infortúnios que assolam sua história.

Palacio Vergara
Segundo o Wikipedia, neste local morava o fundador de Viña del Mar, José Francisco Vergara. A mansão foi originalmente construída em 1910 em estilo gótico veneziano, após o desabamento da casa da família, no mesmo local, no terremoto de 1906 (o mesmo que destruiu o Teatro de Valparaíso, lembra? Citei acima também). Diz que a maior parte da mobília foi comprada diretamente da Europa, em diversos estilos como o Rococó, o Luis XVI, etc. O local foi adquirido pela Prefeitura desde 1941, quando se tornou o Museu e Escola de Bellas Artes. Parece que veio no pacote da compra as telas de dona Blanca Vergara - 60 obras de renomados artistas europeus (também não vi nada devido ao fato do local estar fechado mas quero deixar registrado aqui para podermos voltar e conferir). Diz que o custo da obra de restauro está orçada em mais de 8 milhões de dólares e vai começar de fato só em 2015. Imagina?! Pois é, vou ver se volto a fazer uma visita em 2020... e rezar para que nenhum terremoto a destrua novamente, porque o local é lindo!!! 
  
Detalhe do Palácio Vergara, após destruição provocada pelo terremoto de 2010. Foto tirada em 2012 - local interditado na data.
No total foram mais de cinco horas de passeio com a Van da RodoTour fechando novamente no Terminal Rodoviário de Valparaíso. 

Por do sol no Pacifico

E vc acha que acabou? Nada! 
Ao lado do Terminal encontrei uma jóia rara: a bodega Pedro Montt. Um local do tipo "secos e olhados" lotado de chilenos comprando todo tipo de produto. O cheiro da bodega me devolveu a um passado que nem conheci! Daquilo que imagino ser os mercadinhos e mercearias do tempo de meus avós...

Os produtos disponíveis me encantaram imensamente e por isso faço questão de postar um vídeo deste local. Preste atenção pois o vídeo não apenas mostra o local e a quantidade de clientes, como a reação de parte do povo chileno com turistas "sem noção" que saem filmando o cotidiano das pessoas. Em postagens anteriores sobre o Chile cheguei a comentar que as pessoas por vezes são grossas com os turistas e detestam ser fotografadas ou filmadas. Pois bem, observem as feições e pensem duas vezes antes de sair fazendo como eu fiz. O vídeo é de baixa qualidade, pois foi feito pelo celular... espero que dê para ver a feição do terceiro vendedor, o único que me encara realmente. Observem..


Neste local não cheguei a ser repreendida, mas o olhar deixou bem claro que o que estava fazendo não é bem visto pela população local. Acho que também vale a pena respeitar. Dali em diante, passei a perguntar antes de sair filmando e a partir de então funcionou muito melhor. Fica a dica.